sábado, 28 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
Um jeito estúpido de te amar
Eu me dispo da notícia
e a minha nudez parada
te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso
e confesso por nós
Assim me livro das palavras
Com as quais
Você me veste.
Texto Fauzi Arap
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
"Eu escrevo e te conto o que eu vi e me mostro de lá pra você..."
Embora algumas palavras, existia uma multidão que se calava. Admirava-o. Amava cada instante que viveram e dava a ele o lugar que nunca deu a ninguém. E ela o fazia com ternura. Ela não sentia vergonha da sua nudez, e nem do tempo que era uma constante, ela não se envergonhava da sua suposta vulgaridade, e ela achava lindo o ato em si. Ela amou os dois corpos nus que faziam amor.
Painting: Audrey Kawasaki
uma parte linda de um texto completo
que não pôde sair da gaveta.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
She was my person
Eu tive uma pessoa e jamais voltei a ser a mesma. Eu vim a ser muitas. Essa única pessoa (pessoa única) me fez conhecer o carinho e o cuidado que podiam ser partilhados, dialogados. Com ela, eu descobri a poder falar das pequenas coisas com o carinho de quem se doava inteira. De quem não aceitou nunca não estar inteira. Anseios, mudanças, vontades tão próprias dos dias, foram a ela que partilhei, com o meu coração mais aberto. Sem medo, eu enviei as minhas mais firmes energias e amor. Canalizadas num único desejo de partilhar amor, eu recebi ensino, experiência e confissões. Assim, eu me lembro do dia que minha vida foi luz. Um pequeno sol de felicidade. Esse sol esteve em minha vida. Mas a sua passagem não se demorou. Digo, as conversas, as trocas, tiveram o tempo que precisaram. Fiquei com a passagem mais bela da pessoa que se tornou a minha pessoa. Correspondência, afinidades partilhadas. Eu nunca mergulhei tão fundo, nunca me dei tanto. Eu pude identificar as minhas mudanças ao primeiro sinal da entrega. É óbvio que tantas mudanças deixaram marcas. Talvez hoje eu não consiga ser inteira a mais ninguém. Foram corações que se falaram até o fim. Posso dizer que o meu retorna muitas e muitas vezes porque ainda se amedronta e quer buscar a luz. Posso dizer, também, que essa luz é a minha referência para a liberdade. Ela não sabe o que guardo. Queria muito que soubesse, por isso vim aqui. Há muitas referências para o amor. Há muitas pessoas únicas que encontramos no mundo. Mas ela foi a minha.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Perdoa se volto a ser infantil
Ontem eu vi que ia passar um filme, e me lembrei de você. Não direi o nome do filme, e acho mesmo que a história não deve ter nada a ver comigo, digo acho, porque nunca assisti. Só que lembrei da música que tinha no filme, a letra dela já me desmoronou por dias.
eu a tomei pra mim
porque mesmo que não fosse,
era pra mim que você devia ter se voltado, era pra mim que você deveria ter dedicado alguma coisa, era pra mim que você deveria ter feito algo, quando eu mais esperei de você.
E nessa falta de alguma coisa de você, e nessa impossibilidade de ficar, eu fiquei com a música.
Talvez não faça sentido eu dizer que esperei de você, mas a verdade é que eu esperei muito de você, porque de nós você era quem mais podia ter feito. Mas esperamos tanto até que as expectativas, as rotinas diferentes engolissem tudo que vivemos.
Do que tava guardado.
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