domingo, 25 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Preciosidade
Passei o dia esperando uma ligação. Aflita. Com medo do que pudesse acontecer. Quando o telefone tocou, finalmente, no final da tarde, por um segundo, antes de receber a notícia, eu pude sentir a voz que me falava – "Alô? Filha?" Não tinha medo na voz, era da minha mãe, tinha alívio, e uma grata felicidade. Um dia inteiro esperando por esse segundo, que alívio. E eu já sabia que as notícias seriam boas, e vieram bem boas. Deus, muito obrigada! (;
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
a gente sabe porque sente
já estavam conscientes que tanto tempo sem uma conversa que fizesse sentido colocaria de frente duas pessoas novas
mesmo com a convivência, não se viam há muito tempo
hoje, talvez, o olhar curioso, da tentativa de reconhecimento, seguido do abraço
aliviou algum (meu coração.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
a fantasia dos meus sonhos
Como foi possível que eu pudesse te sentir?
Eu falo de você e te desenho com meu coração. Procurei durante muito tempo um lugar que você pudesse me ouvir. Quando tenho medo de dizer, eu choro. Às vezes.
domingo, 20 de novembro de 2011
me vejo chegar
para a minha cara no espelho eu digo o que eu não disse
na tua
eu rasgo o verbo, aponto o dedo, e levanto o rosto
choro, sorrio, e não tenho limites para minha dramaticidade
eu dissimulo
para a minha cara no espelho eu digo o que me incomoda
cuspo o que engoli com muito mais intensidade que entrou
nesse momento, eu gosto da temperatura e gosto que meu rosto vai tomando
eu sinto a cena
lágrima, suor, calor
eu gosto do meu rosto quente, com olhar certo para o centro da minha imagem
sou eu, antes de ser você
eu digo com clareza, eu me assumo, não me pontuo, e cuspo felicidades
o diálogo é enlouquecedor e posso morrer de tanta satisfação
eu não sou sensata, eu não me acalmo, e não vivo do que não for meu
aproximo de mim aceitando meus gestos
inquietos e exatos
me vejo chegar de dentro no reflexo no espelho
no meu rosto molhado e quente
eu assumo minhas lágrimas, uma a uma
meu coração acelerado, e minhas vontades
infinitas vontades...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Une chance pour moi aussi.
Elle. – Pourquoi nier l'évidente nécessité de la mémoire?...
domingo, 13 de novembro de 2011
I say love, it is a flower
sábado, 12 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lembrar com amor é oferecer, no coração, um sorriso que se expande. É um jeito instantâneo e poderoso de prece. É um modo de abraço, não importa o aparente tamanho da distância, nem as enganosas cercas do tempo. Lembrar com amor é levar a vida, no exato instante da lembrança, ao lugar onde a outra vida está e plantar uma nova muda de ternura por lá.(Ana Jácomo)
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Das palavras não ditas.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Para o teu coração!
Você me disse: você é livre! Mas eu não tinha conforto no meu voo. Procurava sempre pelo que me antecedia. Mas não me alcançava. Sendo inteira, você me ensinou a ser inteira também, enquanto eu só pensava em metades. Me disse incontáveis vezes para eu comprender minha liberdade, e oferecer a sua também. Mas eu não compreendia. Não conseguia ouvir quando dizia que algumas vezes eu estaria só ainda que você estivesse aqui. Eu não me preocupo com o tempo, mas com as distâncias. É fácil falar de ausências, quando você não se enche delas. Você me ensinou a olhar para mim. E a falar de mim. É no seu jeito forte que você mostra sua doçura. Nas suas palavras difíceis, e tão cheias de amor. Eu sempre te vi assim, e te amei assim, também. Com tudo que era seu. O que eu mais tinha vontade era de viver: de te viver! Ainda te vejo andando solta, com a minha paz levada, VIDA!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
SER professora
"Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas". Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"..."
(A complicada arte de ver, Rubem Alves)
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Da nossa lógica tantas vezes sem coração.
sábado, 3 de setembro de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
21 de agosto
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
amigo é olhos cuidadosos
É no jeito de olhar que nos reconhecemos no primeiro momento, nós, amigos recentes de longas datas. Isso porque amigo tem esse olhar bom: ele nos olha como se realmente quisesse nos ver, sem nenhum outro interesse que não seja a oportunidade boa e rara de partilhar amizade. Ele nos vê e permanece ao nosso lado, esse conforto que palavra alguma é capaz de traduzir. Esse detalhe grandioso que faz toda a mágica acontecer, porque amar é também a arte de cuidar com os olhos.
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
"I will write peace on your wings and you will fly all over the world"

Enquanto preparava seu presente, sentada em um banco da universidade nas primeiras horas da manhã, um homem, também estudante e já conhecido na universidade, se aproximou, e pediu para que pudesse mostrar o seu trabalho. Ele confeccionava dobraduras, origamis e os vendia por preços simbólicos. Em anos anteriores, quando ainda não era estudante alí, recebi da minhã irmã uma dessas dobraduras feita por ele. Com uma pequena folha pedi que fizesse alguma coisa bonita, ele fez um pássaro. Sabe, o nome desse pássaro é TSURU. Dizem que traz sorte, felicidade e saúde. E que cada um tsuru é uma oração e o desejo de milhares pela paz.
No meio das folhas bonitas e coloridas que eu tinha nas mãos, do embrulho que desejava fazer, e do livro que tinha um sentido afetivo, o TSURU foi a surpresa, o não planejado que levou até você o sentido de tudo o que sempre desejei. Foi o detalhe, o improviso mais bonito.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Meus cinco anos.
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais
--
domingo, 3 de julho de 2011
com uma nhaca na cabeça
domingo, 19 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
os afetos
Uma coisa magnética, apenas sensação.
Um talento para coisas avulsas.
Algumas marcas invisíveis que doem quando chove.
Para o bem, ou para o mal, a gente sabe o que procura.
Sinto muita, muita saudade.
Alguns fios perdidos que sempre acho,
e a mim, sempre.
'brincando de SER e ESTAR',
Posso ser perto de tudo o que quero.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
"não se pode ter paz evitando a vida."

Mesmo quando as vidas aparentam se afastar, o sentimento da gente pode ignorar a palavra despedida, tantas vezes apenas um faz-de-conta, tentativa de ida que, apesar de anunciar, não sabe mais como ir embora.
Quando o encontro é bom e tem lume não tem porta de saída: é pra sempre, de um jeito ou de outros, no coração.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Pido Silencio
Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos
Não quero ser sem que me olhes.
Pablo Neruda
domingo, 29 de maio de 2011
follow my advices!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sem a lembrança
De alguns dias para cá, ela não para de pensar no que essencialmente muda todos os dias a sua vida. Não são todas as pessoas, nem todas as coisas, não, não são. Foram – pensando em passos de formiguinha – que algumas criaturas se ajuntaram a sua vida e somaram, multiplicaram. Ela tem lembranças boas dessas criaturas, e suspira emocionada ao se lembrar. Às vezes foram passagens curtas que deixaram lembranças para uma vida inteira. Necessariamente – ou não, a vida se encarrega de reservar épocas em que o coração se encolhe para se preservar do mal tempo que corre lá fora. Pelos ventos fortes que passam pela janela da alma, pouco, ou nada pode se ver. Existe só uma ideia fixa que consome qualquer esperança de um dia de sol. Em alguns momentos ela olha para vida, e fica tão admirada: A vida é tão frágil. Como cabe tantos sentidos em uma só palavra? Quantos sentimentos... Hoje ela esmureceu. Tem tristezas que chegam com gosto de ódio, também não é sempre que o lume de esperança está aceso. Existem pedras no caminho, e ferem, destroem bases tradicionalmente fortes. Essas bases, para ela, só podem ser construídas pelo coração, sangue nenhum nunca foi capaz de unir nenhuma delas. Tanto faz os olhos alheios. Que olhem, olhem e não encontrem. Ela diz: A gente tece, todos os dias, amor. E AMOR não vem de sangue. Nem da mão levantada – isso é ódio. Quero unir minhas pequenas felicidades, não por querer, mas por necessidade. Tenho, hoje, uma necessidade imensa de me unir. Me quero inteira!
domingo, 8 de maio de 2011
sábado, 30 de abril de 2011
só por você isso me alivia
eu guardei teu sentido, e nunca esqueci de onde vinha
aquela lembrança era meu endereço
pra outra chance, outra vida
uma vez estivemos tão perto
eu sei que cheguei tao perto de você
que conheço tuas entranhas
que o meu silêncio era teu
que esbarrei em teu coração
"Viajo sozinha com o meu coração. Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão."
Cecília Meireles
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
dos desencontros...

"Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho. Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé."
Caio F.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Happiness
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
No meio das defesas todas...

quinta-feira, 24 de março de 2011
Onde é que tem gente nesse mundo?

eu me pontuo, me encho de respostas. Gosto da sincronicidade que certas pessoas têm. Eu me engano com as iniciativas. Nessa hora, os sentimentos não sentam mais no mesmo lugar. Eu gosto de sincronia. Quantas vezes não tenho nada disso. Não tenho tido conversas sinceras, não estou sendo sincera. Há tempos não vivo da minha verdade. Parei de sentir, daquela forma bonita, sabe? Agora me dói, muito. Mas não estou triste. Talvez eu procure por outro nome. Tenho tido medo de todo o poder que me envolve. Quero só falar das pequenas coisas, das pequenas felicidades. Agindo. Sonhando. Pisando. Depois de mim. De nós. Quantos sabores ainda não serão meus? Onde eu posso falar do indivizível? "Onde é que tem gente nesse mundo?"
sábado, 19 de março de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Almas Perfumadas

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende a ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ana Jácomo
"E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus... para me falar de amor."